Acordei hoje pensando em francês, talvez seja o frio, hehe...mas acho que era um sinal...(só uma observaçãozinha...como brasileiro é supersticioso! Essa cultura de sinais e provas, etc...é coisa de brasileiro! Graças à Deus sou brasileira...hehe)
Eu gostaria de além de postar meus humildes textos aqui, postar também as minhas influências...que são muitas...aff...a maioria de origem européia, mas não só. Os Franceses na sua maior parte confesso...por isso o lirismo e romantismo por vezes excessivo...
Lendo críticamente, eu seria BEM uma "tentativa" de poetisa francesa...(olha que chique!)
Um estilo Edith Piaf de ser, até um pouco visceral demais, mas isso é que dá o "tchan" da coisa...falando em Edith...quem não viu o filme sobre sua vida, vale moooito à pena...é simplesmente belíssimo, aliás o título do flog hoje é o trecho de uma música dela, "La goualante du pauvre Jean", que diz o seguinte: "Rico ou sem um tostão, sem amor não somos nada."
Clichê, mas é sempre bom lembrar.
Como falei acima eu queria postar minhas influências e acho que poesia traduzida não tem a mínima graça, porque perde muito todos os seus sentidos figurados...é como provar um doce com a boca de outra pessoa...mesmo assim, postarei um texto de um GRANDE poeta chamado Jacques Prévert, que por sinal, não é da escola Romancista...
Soldadinho de Chumbo
"Dois e dois quatro
quatro e quatro oito
oito e oito dezasseis…
Repitam!
Diz o professor
Dois e dois quatro
quatro e quatro oito
oito e oito dezasseis.
Mas eis que o pássaro da poesia
passa no céu
a criança vê-o
a criança ouve-o
a criança chama-o:
Salva-me
brinca comigo
pássaro!
Então o pássaro desce
e brinca com a criança
Dois e dois quatro…
Repitam!
Diz o professor
e a criança brinca
e o pássaro brinca com ela…
Quatro e quatro oito
oito e oito dezasseis
e dezasseis e dezasseis quanto é que faz?
Dezasseis e dezasseis não faz nada
e sobretudo não faz trinta e dois
e de qualquer maneira eles vão-se embora.
A criança escondeu o pássaro na sua carteira
e todas as crianças ouvem a música
e oito e oito por sua vez também se vão
e quatro e quatro e dois e dois
por sua vez desaparecem
e um e um não fazem nem um nem dois
um e um também se vão dali.
E o pássaro da poesia brinca
e a criança canta
e o professor grita:
deixem de fazer palhaçadas!
Mas todas as outras crianças
escutam a música
e as paredes da sala
desmoronam-se tranquilamente.
E os vidros voltam a ser areia
a tinta volta a ser água
as carteiras voltam a ser árvores
o giz volta ser falésia
e a caneta volta a ser pássaro."
Tradução José Fanha
Se alguém tiver interesse em conhecer melhor o poeta este é o link de um dos sites em português que falam sobre sua obra: http://www.ambafrance.org.br/abr/label/Label29/Ecriture/prevert.html tem muitos outros...
Amanhã postarei um outro texto dele também...
Bisous
A quem interessar possa!
Il y a 12 ans

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