
Me coloquei à dançar num jardim...dançava em meio à borboletas, libélulas, fadas e pássaros...corria e pulava, saltava, ria, gargalhava...e se eu alcançasse todas as nuvens do céu azul eu estaria satisfeita...talvez se eu pudesse enxergar a cor do vento minha visão seria perfeita...ou então controlar a pulsação do meu coração...se o calor do Sol não me queimasse, então?!
E quando anoitecesse e eu não sentisse frio, qualquer brisa gelada não me provocasse arrepios, se sozinha eu conseguisse suportar a falta...então...
Se a noite não tivesse a lua e as estrelas...se fosse tudo azul escuro e se o céu não fosse tão longe...
Pra onde eu iria?
Nas trilhas verdes e coloridas, construí um caminho...pequeno, estreito, mas cheio de passarinhos, que cantam enquanto eu passo, e passo junto com os passos de bailarina, sorridente e pequenina, junto às árvores enormes, cheias de flores...e se não vejo as pedras, é porque eu salto, eu pulo, às vezes me sinto no escuro, mas abro os olhos e tudo clareia...eu vejo luz, vejo a cor vermelha...e pra esquentar o calor que encendeia quando vejo os olhos...a energia e a alma de quem me sorri sem maldade...me faz gargalhar de felicidade e alcançar as estrelas do céu mais distante...e toda a beleza fica pequena...perto da dança e da criança...que balança junto do mar...e a gente mergulha fundo, nada entre os peixes e volta pra sentir tudo...o Sol nos seca, o vento nos arrepia...e o nosso canto se mistura com os pássaros...e mesmo se no céu não houvesse lua, nem estrelas...nossos olhos iluminariam tudo...tudo.

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